Projeto Linha Direta com Jornalistas, do Município do Rio de Janeiro

Pessoal, está na hora de participar do futuro do nosso Sindicato. Vamos fazer acontecer o Projeto Linha Direta com Jornalistas para lutar pela renovação da sua estrutura e resgatar sua representatividade.

Começo de carreira

Esta página é dedicada a jovens que ingressam no jornalismo. Aqui serão publicados seus artigos, fotos, reportagens, vídeos (links para YouTube) etc. para se apresentarem à categoria profissional e ao mercado. Os interessados devem enviar material pelo e-mail linhadiretacomjornalistas@gmail.com.

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A realidade do “pós-diploma”

ANA PAULA BRUCKER

Recém-graduados no curso de comunicação social, os formandos buscam uma oportunidade de crescimento profissional.  Deparam-se com um mercado competitivo e se sentem cortando o cordão umbilical com a instituição de ensino.

Nesse cenário, desapontam-se com a dificuldade de achar emprego, percebem-se despreparados para as atividades exigidas e desesperam-se com o tempo passando e as portas fechando.

Com as faculdades mais preocupadas com adesão de alunos, corpo discente mais preocupado com inserção social, o período universitário se adequou às características de um sistema educacional preocupado em criar vestibulandos e funcionários públicos, onde, tal como na evolução, o mais forte prevalece.

É tardia a maturidade do aluno de entender a importância da atividade extracurricular, tais como laboratórios de redação, palestras e cursos que validem sua capacidade, que acrescentam ao currículo e desempenham importante papel no ciclo de formação do profissional.

As universidades isentam-se de responsabilidade e não criam parcerias de incentivo para alterar a situação. O próprio movimento estudantil veio se reencontrar em 2013, buscando a força perdida nas décadas que sucederam a ditadura.

Onde andavam até esse ano os jovens que gritavam e iam às ruas, que travavam debates políticos em diretórios e exigiam qualidade de ensino dentro e fora da sala de aula?

Remediando a bagunça

Uma solução surge diante do caos, e ela não é somente emergencial, ou seja, não só taparemos os buracos como construiremos um piso totalmente novo. A proposta é que os sindicatos atuem em parceria com as instituições de ensino de comunicação, promovendo eventos, tais como palestras, cursos e workshops que ofereçam créditos aos alunos participantes.

Essa troca beneficiaria principalmente os jovens que travam uma batalha para aplicar a teoria na rotina diária de um jornalista, tornando-os mais capazes como profissionais.

A ideia que parece simples pode, no entanto, encontrar resistências nas políticas de adesão à proposta, mesmo quando o próprio sindicato irá ganhar mais força ao expor aos futuros jornalistas sua importância na luta por direitos mais dignos e justos.

Para as faculdades será uma oportunidade de rever seus valores e ganhar credibilidade. As empresas, exigentes em suas buscas, poderão contar com empregados mais bem preparados e, por fim, surgirá uma nova gama de profissionais embasados nos conselhos de ética e fortalecendo, ao longo dos anos, a estrutura do jornalismo brasileiro.

*Ana Paula Brucker é jornalista, tem 26 anos, e formou-se pela FACHA em 2012.

Um comentário em “Começo de carreira

  1. Antonio Roberto da Silva
    05/09/2013

    Este é o cenário não só para a área de Comunicação Social, mas também para outras carreiras, nas quais os corpos discente e docente não se preocupam com o que ocorrerá após o último dia de curso. Parabéns Ana, pela excelente reflexão.

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